sábado, 11 de dezembro de 2010

Dor de pensar

05:59

O sono (ou a falta dele), contrapõe-se ao cansaço...
O telemóvel, sem dar sinais de vida, lá me faz esboçar uns movimentos, quando de cinco em cinco minutos, desbloqueio-o na esperança de ver algo...
As mortalhas acabaram... já conheço o alinhamento das TeleVendas de cor... e quanto à viola... não há meio de aprender...
A 'dor de pensar', qual Pessoa, qual quê, essa sim faz companhia...
Não sendo a única, é esta que me faz ver o quão humano sou em em tão distinta imperfeição...
Mas também não quero aprender com os erros e aprender a evitá-los para ser perfeito...
Quero-o apenas e só para ser feliz...
Se a perfeição me faria feliz?DE TODO!
Não afastar de mim quem amo é que sim...

Como há musicas que falam por nós...
Que seja esta que fala tão bem...




When you lower me down
So deep that I, I can't get out
And when you're lost, lost and alone
Yes, you'd think it was the last place
You'd come back for more

If you don't want me to leave
Then don´t push me away
You'd rather blow out the lights
You can watch it all fade
But I'm going nowhere

I'm gonna stay
When you just wanna fight
When you're closing your eyes
'Cause you don't wanna love me

I'm gonna stay
You can't push me too far
There's no space in my heart
Where I don't wanna love you

And when there's no, no storm
Then how can I feel the calm?
If there's nothing, nothing, nothing left to lose
Then what is this feeling
That keeps on bringing me back to you

So I'm gonna stay
When you just wanna fight
And you're closing your eyes
'Cause you don't wanna love me

So I'm gonna stay, yes I will
You can't push me too far
There's no space in my heart
Where I don't wanna love you

If you ask me to leave
And I walked away
We'd still be alone
And we'd still be afraid
I'm going nowhere
I'm going nowhere

'Cause I'm gonna stay
When you just wanna fight
And there's tears in your eyes
'Cause you don?t wanna love me

I'm gonna stay
All the tears that I've cried
I could leave them to dry
If you don't wanna love me
I could leave them to dry
If you don't wanna love me

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Quero que saibas...



*porque uma imagem aqui apenas poderia ser nossa...


"Sozinho no espaço, parado no tempo...
Onde um grito de angústia exalta um tormento...
Um grito abafado, calado, cansado...
Sustentado por uma dor que existe... Insiste e resiste...
Existe por não te ter...
Insiste em te querer...
E continua a resistir...
A resistir sem cessar por um segundo...
A resistir a todo e qualquer contacto com o mundo...
Um mundo que foi meu...
Um mundo onde tudo fui e tudo tive...
Onde tanto amei e tanto fui amado...
Fui e sou Montecchio, De Marco apaixonado...
Onde não soube julgar... E onde agora sou julgado...
Julgado por um coração que é tudo menos meu...
Um coração que se esquece de que fui eu quem te perdeu...

Fui eu quem te perdeu...

E sou eu a não me perdoar...
Sou eu a não saber para onde me virar...
Perdi o meu Norte, o meu refúgio, o meu acreditar...
O acreditar que ao teu lado é meu lugar...
O acreditar que dias melhores virão...
O acreditar que ainda mereço o teu perdão...
Que ainda mereço o teu futuro, o teu mundo, a tua história...
O teu amor, carinho e o reviver desta memória...
Memória que apenas a mim me faz sonhar...
Memória sentida apenas por este doce amar...

Um doce amar que nada parece valer...
Um beijo de boa noite que me falta e faz sofrer...
Que me faz sofrer e chorar a tua ausência...
Tal como choro não ter o teu olhar, o teu beijo, o teu sorriso...
E por mais que beba de cada lágrima como forma de penitência...
Continuas a ser exactamente o que eu preciso...
Faz-me falta não dormires no meu peito...
O teu respirar, o teu calor, o teu carinho...
Faz-me falta o teu mau feitio ao acordar...
Faz-me falta... e faz-me sentir tão sozinho...

Lembro-me do primeiro beijo roubado... por ti...
Do primeiro "amo-te" atrapalhado e em sintonia...
Indescritível a vontade que senti...
Do segundo "amo-te" que era tudo o que eu mais queria...

E da forma mais natural, tudo aconteceu...
Por nos amarmos tanto, foste minha e eu fui teu...
Fui tanto teu e quero tanto ser...
Quero tanto que saibas que sem ti não sei viver...

Quero que saibas..."



Horácio Neves



sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Um doce impulso

Não porque sim, mas porque sinto...

E porque para o que sinto tenho palavras a mais...

É assim que recorro à obra de Oscar Wilde...

Lord Henry Wotton disse: "sou de parecer que se o homem vivesse plena e totalmente a sua vida, desse forma a todo sentimento, expressão a toda ideia, realidade a todo devaneio... creio que o mundo receberia um novo impulso eufórico,um impulso de alegria que nos faria esquecer todos os males...".

Mal sabia ele que este impulso tem um nome... uma beleza indescritível... que tem o doce aroma que se entranha e não mais se esquece... o toque que aconchega, aquece e apaixona... o sabor divino que alimenta e cria dependência... um sorriso que dá sentido à vida... uma forma de amar que dá força para enfrentar a mais incapacitante das dores...



Obrigado...


p.s.: acho que esta vale a pena....